terça-feira, 19 de maio de 2009

A "tolerante" Amy




Amy Winehouse é uma das maiores interpretes que o mundo já viu. Tem uma voz invejável, um estilo próprio e brilha por si só. Além disso, teve e ainda tem inúmeros problemas com drogas, álcool e agressões contra fãs e seu ex-marido Blake e envolvimento em diversos escandalos, inclusive racistas. Mas isso não é nenhum segredo pra ninguém.

Quem ouve Amy cantar pela primeira vez, jamais pode imaginar que aquela potência vocal pertence àquele “belisco” de gente. Mais magra que a mais magra das “modeletes” internacionais “like” Giselle e cia., a criatura é literalmente um “saco de ossos” ambulante. Se bater um vento um pouquinho mais forte, tenho certeza que a senhorita palito vira, sem nenhuma dificuldade, a Mary Poppins do século! Se bem que ela nem precisa do “famoso” guarda-chuvas da Mary pra viajar!!

Claro que nem sempre foi assim. Do pouco que li sobre sua história, sei que Amy sempre teve complexos por conta do seu peso (se achava gordinha na adolescência) e encontrou na bebida e nas drogas a companhia perfeita para afogar suas mágoas.

Esse tipo de vida, regada á drogas e álcool não é pra quem quer, e sim pra quem pode. Primeiro financeiramente. Qualquer pessoa, mesmo quem não consome drogas, sabe quão caro é financiar cocaína, uísque, vodka e ecstasy, tudo isso em grandes quantidades. Segundo, tem que ter um organismo de tanque de guerra pra agüentar a bomba.

Ao consumir drogas e/ou álcool, bombardeamos as células do sistema nervoso central liberando dopamina e ficamos alegrinhos. Com o passar do tempo, a célula vai desenvolvendo uma adaptação. A adaptação da célula é para reduzir o efeito externo que essas drogas promovem. Isso é o fenômeno de tolerância. Porém algumas pessoas, como eu, não tem esse mecanismo disposto em suas células, ou seja, toda vez que usar álcool ou drogas, vai ter um rebote filho da puta. Ressaca, dor de cabeça, enjôo e frases do tipo: “nunca mais eu bebo na vida”.

Apesar de não concordar com seu estilo de vida autodestrutivo, sou grande fã e admiradora do seu talento. E sua história recheada de escândalos, por pior que possa parecer aos olhos do mundo, fez dela essa grande e única personalidade que eu simplesmente a.do.ro!



fergos 19/05/09

2 comentários:

  1. Nunca confunda o artísta com a pessoa. Eu sempre gostei de Marilyn Manson, e nunca escondi isso. Muitos conhecidos só sabiam falar mal do cara, e nunca estive nem aí...
    Sempre fui do tipo de fan que não se importa muito com os detalhes da vida dos músicos que gosto. Pra mim, o que importa é a música. No caso do Marilyn, imagimava que ele era só um cara doido, mas com uma genealidade imensa pra fazer rock n' roll. Quando assiti Bowling for Columbine, fiquei impressionado com a entrevista que ele deu ao Michael Moore. O Marilyn é hiper ligado na estória do seu tempo. O cara é super inteligente, e ali ele conseguiu se defender das acusações de que porque os alunos-loucos-atiradores eram seus fans, ele os teria influencido... Esse lance de se declarar anticristo, pra mim é apenas marketing.

    Viva Marilyn! Viva Amy! Se não fossem loucos, talvez não fossem tão bons no que fazem...


    "Quero antes o lirismo dos loucos
    O lirismo dos bêbados
    O lirismo difícil e pungente dos bêbados
    O lirismo dos clowns de Shakespeare

    Não quero mais saber do lirismo que não é libertação."

    Manuel Bandeira

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