terça-feira, 20 de outubro de 2009

"Lê a Bíblia e perde a fé"




"... no Catolicismo os pecados são castigados com o Inferno eterno. Isto é completamente idiota!". "Nós, os humanos somos muito mais misericordiosos. Quando alguém comete um delito vai cinco, dez ou 15 anos para a prisão e depois é reintegrado na sociedade (????).
Mas há coisas muito mais idiotas, por exemplo: antes, na criação do Universo, Deus não fez nada. Depois, decidiu criar o Universo, não se sabe porquê, nem para quê. Fê-lo em seis dias, apenas seis dias. Descansou ao sétimo. Até hoje! Nunca mais fez nada! Isto tem algum sentido?"

José Saramago sobre seu novo livro "Caim".


É ... Deus está em cada um de nós .. cada um com seu quinhão!

Fergos 20/10/09

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

TRICOLOR EM DIA DE JOGO!

Enviado por Meirelles


Porra, véi... dia bonito da porra que fez domingo. Levantei cedo pra caralho. Quando abri o olho, tava batendo 11:30 no relógio. Dei uma espiada na broca da parede e vi o solzão virado no estopô. Balancei a nêga do meu lado e disse arinhosamente: "Acorda, porra. Acorda nessa desgraça que a gente vai quebrar essa gelada na praia antes de ir pra Pituaço".

Como era um dia muito especial pra mim, resolvi levar a sacaneta pruma praia de bacana. Jardim de Alá. Ou como diz meu bróder Obama:"God´s Garden". Peguei meu ingresso, o dinheiro do buzú e me piquei com a neguinha.
Normalmente eu escolho a barraca que eu vou ficar pela trilha musical. A que tiver tocando o som mais nigrinhagem, é a que eu fico. Fui passeando entre as barracas e comecei a ouvir um som que eu não escutava há uns 10 anos. Um repertório que ia do antigo Gera-Samba, passando por Neon do Samba, Pagolada, Feras Potentes e finalizando com o show do Kiribamba LIVE em Juiz de Fora (MG). Só os clássicos.
"A capenguinha, a capenguinha, a capenguinha, a capenguinha, a capenguinha, a capenguinha quer andar. A capenguinha quando não tá de muleta, ela pega no porrete pra poder se equilibrar..."
Era esse o nível do som. Puro jazz. Bom pra caralho.
O nome da barraca era Ponto G. Pronto. Achei a porra do Ponto G. Pelo menos uma vez na minha vida eu achei essa porra. Com um nome desse, não tive dúvida. É aqui mermo.
Pedi logo uma gelosa e uma dúzia de lambreta. O lugar era muito bacana. Várias gostosas. O único mal é que tinha muito pombo. Parecia o Barradão, a porra.
Tava tudo muito de fuder até a hora que encontrei Marquinho Sabonete.
Sabonete é um torcedor do vice. Ele tem esse apelido porque, dizem as más línguas, quando ele serviu ao exército, foi tomar banho, deixaram cair um sabonete e ele foi catar do chão. Depois desse incidente, o bicho ficou manco. Não sei porquê.
O fato é que o sacana resolveu tirar sarro com a minha cara. Disse que eu não tinha estádio. Que tava a não sei quanto tempo sem ganhar porra nenhuma e todas aquelas merdas que a gente tá acostumado a ouvir dos vices. E pra fuder com tudo, ainda disse que a gente ia tomar pau do Ipitanga!! Aí eu pirei. Mandei ele repetir o que ele disse:
- Repita aí o que você falou, véi..
- O Jahia vai tomar de 1 a zero do Ipitanga - o filadaputa repetiu.
- Repita aí de novo, véi...
- Tá surdo, porra gordo?? o Jahia vai tomar gude preso do Ipitanga.
Rapaz... o sangue me subiu à cabeça. E a nega dizendo "calma, calma". O garçom dizendo "segura o gordo". E a baiana de acarajé dizendo "fudeu!!". E o pombo dizendo "gurururu, gurururu...." aí eu explodi.
- Ó seu viado desgraçado filadaputa corno manco do cu brocado. O Bahia hoje vai meter de 4 que nem fizeram com você no quartel, sinhá nisgraça. Só vou apostado, miserável!!
- Bora!! Pra cada gol do Bahia, uma grade pra você. Pra cada gol do Ipitanga, uma grade pra mim.
Eu não sei se o sacana tava bebo ou maluco. Só sei que aceitei a porra da aposta doida do fornecedor de briôco.
Saí virado na porra da praia. Já era dez pras três e eu ainda tinha que pegar a zorra do buzú pra Pituaço. As palavras de Sabonete ecoavam na minha cabeça... mas o Bahêa não ia me decepcionar. Não dessa vez.
Cheguei lá no estádio e me arrepiei de ver a massa tricolor. Puta que pariu. Coisa linda demais. A cidade é nossa, galera. Agora temos 2 estádios!! Um numa ponta (a boa e velha Fonte) e o outro na outra ponta da cidade. E que estádio. PituAÇO é lindo pra caralho. Me senti numa Copa do Mundo. Sem putaria nenhuma.
Hino do Brasil, Placar eletrônico de última geração, helicóptero jogando pétalas brancas, vermelhas e azuis... um SHOW!
Fui pegar logo meu copão de cerveja. Cerveja cara da porra!! 3 real lá dentro. E o balcão também era meio apertado, mas vamo nessa. Começou o jogo. O Ipitanga na pressão e eu ouvindo a voz de Sabonete na minha cabeça... "O Jahia vai tomar cacete" porra... será que vou ter que pagar engradado praquele viadinho??
Minha cerveja acabou. Mandei a nêga pegar outra pra mim. Foi ela subir a zorra da escada que eu só vi Élton matar a bola na coxa e meter um tirambaço pro fundo da rede!! GOOOOOOL DO BAHIA MINHA PORRAAAA!!!! AHAHAHAHA!!! UMA GRADE!!!! UMA GRADE!!!! UMA GRADE!!!!
Fiquei feliz pra caralho!!! Pena que a nêga não viu o gol... pena uma porra!!! Vai ver foi isso!!! Ela tava dando azar, a miserável.
Ela voltou com um copão e fiquei vendo o jogo. O Bahia até que melhorou. Vai ver é viagem da minha cabeça. Deixa a nêga quieta curtindo o jogo do tricolaço.
Só que aí o Ipitanga desceu num contra-ataque virado na porra. O sacana do atacante chutou a queima roupa e Marcelo espalmou. O cara chutou de novo e Marcelo defende novamente. Caralho! Que sufoco.
E pra fuder com tudo, meu copo ficou vazio.
- Neguinha.... pega outra pra mim?
Quando eu peço assim cheio de carinho, num tem não certo... a nêga faz tudo que eu quero. Lá foi ela pegar outra cerva.
Fiquei olhando ela subir pra pegar a cerveja. E não é que quando ela sumiu da multidão, Hélton Luiz recebe um passe da porra, sai picado, deixa dois zagueiros pra trás e BROCA!!! GOOOOOOOOOOLLLL DO BAHIA, PORRA!!!! DUAS GRADES!!! DUAS!!! DUAS GRADES!!!!
É grade pra caralho!!! Eu nem queria mais a cerveja que a nêga foi pegar. Fica lá, mizéra!!! Já tenho 2 grades!!! AHAHAHAHAHAHAH!!!
Mas aí ela voltou cheia de chamego. Me deu um beijo na boca, entregou meu copão e a gente ficou curtindo o intervalo juntinho. Feliz da vida.
Aproveitei também o intervalo pra bater o mijão. Porra véi... banheiro de primeiro mundo. Mijar em mureta nunca mais. A porra limpinha, véi. Bonito pra caralho. Naquele dia eu tava achando tudo lindo! Até mictório.
Nada de mijar na mureta, viu, porra??
Começa o segundo tempo. O Bahia só administrando. Naquele reme-reme. Naquele toquinho pra cá, toquinho pra lá. Deu uns 20 minutos e a nêga percebeu que meu copão tava vazio.
- Quer tomar, mais uma, preto?
- Porra, nêga... pegue lá pra mim, vá...
E lá foi ela. Com aquele bundão pra lá e pra cá. Eu fiquei lá olhando aquele bundão lindo subindo a escada. Hipnotizado. Aí ela sumiu. Quando voltei o olho pro campo, tava rolando um bafafá na área do Ipitanga, a bola sobra pra Hélton Luiz e.... saco!!! 3 grades de cerveja. Na moral... comecei a ficar com pena de Sabonete. Ô, meu Deus. O desgraçado vai ter que falar com a moça nos balcões BPN da Insinuante e pedir um empréstimo pra pagar minha aposta. Fale com a moça, filadaputa!!
A nêga tava demorando dessa vez. Mal terminei de comemorar o terceiro, quando o pequeno Ananias broca mais um. Quatro. Quatro a zero, papá!!! Quatro grades de pura alegria!! Eu tinha cantado a pedra. Sabonete tomou no cu. Dessa vez não foi literalmente. Mas deve ter doído pra caralho do mesmo jeito.
Neguinha chegou com a minha cerveja na hora de um pênalty do Ipitanga. Só que o dia era do Bahia. Pituaçu era do Bahia. O sacana mandou a bola lá na casa da porra.
A torcida era só alegria. "Rubro-negro otário!! Enfie no cu seu aterro sanitário!!!". Era só o que se ouvia na saída do estádio. "Vamos torcer pro Bahia ser campeão, em Pituaçu meu Caldeirãoooo!!!". Caldeirão mermo. Aquela porra ferveu, véi. E se você não foi, vá!!! Porque é bom demais. E arranje um otário rubro-negro pra apostar umas grades. Eu já ganhei quatro, pai véi!!!
BORA BAHÊA, MINHA PORRAAAAAAAA!!!!

Mulheres de 30 anos

Enviado por Germas


Isto é para as mulheres de 30 anos pra cima .. E para todas aquelas que estão entrando nos 30, e para todas aquelas que estão com medo de entrar nos 30…
E para homens que têm medo de meninas com mais de 30!!!

A medida que envelheço, e convivo com outras, valorizo mais as mulheres que estão acima dos 30. Estas são algumas razões do porquê:

- Uma mulher de 30 nunca o acordará no meio da noite para perguntar: “O que você está pensando?” Ela não se importa com o que você está pensa, mas se dispõe de coração se você tiver intenção de conversar.

- Se a mulher de 30 não quer assistir ao jogo, ela não fica à sua volta resmungando.
Ela faz alguma coisa que queira fazer. E, geralmente è alguma coisa bem mais interessante.

- Uma mulher de 30 se conhece o suficiente para saber quem é, o que quer e quem quer. Poucas mulheres de 30 se incomodam com o que você pensa dela ou sobre o que ela esta fazendo.

- Mulheres dos 30 são honradas. Elas raramente brigam aos gritos com
você durante a ópera ou no meio de um restaurante caro. É claro, que se você merecer, elas não hesitarão em atirar em você, mas só se ainda sim elas acharem que poderão se safar impunes.

- Uma mulher de 30 tem total confiança em si para apresentar-te para suas melhores amigas. Uma mulher mais nova com um homem tende a ignorar mesmo sua melhor amiga porque ela não confia no cara com outra mulher. E falo por experiência própria. Não se fica com quem não confia, vivendo e aprendendo né???

- Mulheres se tornam psicanalistas quando envelhecem. Você nunca precisa confessar seus pecados para uma mulher de 30. Elas sempre sabem….

- Uma mulher com mais de 30 fica linda usando batom vermelho. O mesmo não ocorre com
mulheres mais jovens.

- Mulheres mais velhas são diretas e honestas. Elas te dirão na cara se você for um idiota, se você estiver agindo como um!

- Você nunca precisa se preocupar onde se encaixa na vida dela. Basta agir como homem, e o resto deixe que ela faça;

- Sim, nós admiramos as mulheres com mais de 30 por um “sem” números de razões.
Infelizmente, isso não é recíproco. Para cada mulher de mais de 30, estonteante,
inteligente, bem apanhada e sexy, existe um careca, velho, pançudo em calças amarelas bancando o bobo para uma garçonete de 22 anos.

Senhoras, EU PEÇO DESCULPAS: Para todos os homens que dizem, “porque comprar uma vaca se você pode beber o leite de graça?”, aqui está a novidade para vocês:
Hoje em dia 80% das mulheres são contra o casamento, sabe por quê? Porque as mulheres perceberam que não vale a pena comprara um porco inteiro só para ter uma lingüiça.

Nada mais justo.


Arnaldo Jabor

INDIGNAÇÃO DO ESPORTE CLUBE VITÓRIA

O Esporte Clube Vitória, tradicional clube da Bahia, ingressará, na semana que vem (4ª feira), com processo na justiça desportiva brasileira contra a gigante da informática, Microsoft.

O motivo, segundo os dirigentes o clube, é que a Microsoft estaria usando um slogan do time em aplicativos como o Word, PowerPoint e até mesmo o Excel.

Um dos advogados do clube explica: "Sempre que um programa da Microsoft é inicializado, o nome do arquivo é "Sem Título".

O Vitória se sente lesado ao ter um slogan tão seu, tão identificado com a história dele no futebol mundial, ser utilizado com fins lucrativos por uma empresa como a Microsoft".

"Vamos até as últimas conseqüências!" - Disse o representante rubro-negro.

Bill Gates não quis comentar o assunto ...

DESABAFO DE UMA MULHER MADURA

Enviado por Jo Felix

Quando menina esperava um dia ter um namorado... seria bom se fosse alegre e amigo...

Quando tinha 18 anos, encontrei esse garoto e namoramos; ele era meu amigo, mas não tinha paixão por mim. Então percebi que precisava de um homem apaixonado, com vontade de viver, que se emocionasse..

Na faculdade saía com um cara apaixonado, mas era emocional demais. Tudo era terrível, era o rei dos problemas, chorava o tempo todo e ameaçava suicidar-se. Descobri então, que precisava de um rapaz estável.

Quando tinha 25 anos encontrei um homem bem estável, sabia o que queria da vida; mas era muito chato: queria sempre as mesmas coisas - dormir no mesmo lado da cama, feira no sábado e cinema no domingo. Era totalmente previsível e nunca nada o excitava. A vida tornou-se tão monótona que decidi que precisava de um homem mais excitante.

Aos 30, encontrei um tudo de bom, brilhante, bonito, falante e excitante, mas não consegui acompanhá-lo. Ele ia de um lado para o outro, sem se deter em lugar nenhum. Fazia coisas impetuosas, paquerava com qualquer uma e me fez sentir tão miserável, quanto feliz. No começo foi divertido e eletrizante, mas sem futuro.

Decidi buscar um homem com alguma ambição para com ele construir uma vida segura. Procurei bastante, incansavelmente...


Quando cheguei aos 35, encontrei um homem inteligente, ambicioso e com os pés no chão. Apartamento próprio, casa na praia, carro importado... solteiro e sem rolos! Pensei logo em casar com ele. Mas era tão ambicioso que me trocou por uma herdeira...

Hoje, depois de tudo isso, aos 40 anos, gosto de homens com pinto duro...E só!

Nada como a simplicidade...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

sexta-feira, 22 de maio de 2009

INVERNO NO INFERNO



Salvador é uma cidade que, normalmente, quem conhece não quer mais ir embora. Tem praias maravilhosas, comidas deliciosas, já foi cantada por muitos artistas, seu povo é hospitaleiro por excelência, e tem aquela máxima de que “é verão o ano todo”. Mas num é bem assim. Hoje, por exemplo, eu vivi uma verdadeira odisséia para conseguir completar um percurso que normalmente faço em 20 min: de minha casa para o trabalho.

Eu sou uma pobre meio metida. Num tenho um puto no banco, ganho mal (rzs), num tenho “paitrocinador”, mas só freqüento as melhores festas, uso as melhores marcas, vou nos melhores bares e nas melhores academias e tenho os melhores amigos. Num tenho carro, mas só ando de carrão, isso porque a maioria dos meus amigos tem carro e sempre me dão carona, de forma que, dificilmente pego um buzú.
Mas hoje, justamente hoje, com aquela chuva sacana que caiu durante toda madrugada e continuou durante o dia transformando a rua num rio, minha grande amiga e colega de trabalho que mora no mesmo bairro que eu, resolveu levar o carrão dela na concessionária. Logo, fiquei sem carona e tive que “paletar” até o ponto de ônibus. Reparem a minha labuta.

Jó, minha amiga porreta que quebra meu galho e me leva e trás todo dia, de casa pro trabalho, do trabalho pra casa (e pros “regues”), tinha me avisado na noite anterior que não me buscaria em casa porque o carro tava necessitando de revisão, então ela iria aproveitar a manhã de sexta pra levá-lo até a concessionária. Dormi rezando para que não chovesse. Em vão. Acordei com o maior “toró” (expressão que significa: chuva forte da porra). Quando abri a janela do quarto que olhei pra baixo: – “eita porra!!!!!”. O estacionamento do condomínio tava cheio d’água, mas ainda tinha uns trechos que davam pra passar. Resolvi me apressar pra que a chuva não piorasse.
Coloquei uma calça jeans, camiseta, tênis uma blusa de frio (só pra proteger o corpo da chuva, já que o calor continuava o mesmo), peguei she-ha (minha sombrinha) e saí.
Anselmo, o porteiro, todo encapotado, se encolhendo todo, com as mãos de baixo dos braços cruzados– numa posição clássica de “braw” - dentro da guarita do prédio, já começou a me zoar: - justo hoje vai de buzú??? Se lenhou! Não perdi minha educação e mandei pra ele um “bom dia” mais ou menos assim: “vá se lascar Anselmo”, e me piquei.
A rua que desce o condomínio, ainda tava tranqüila - apesar das crateras estarem submersas, fazendo vários motoristas que não conhecem a sua realidade, sucumbirem com os carros nos buracos, jogando água nos que passavam na rua. Uma mulher que ia á minha frente tentou correr pra não ser atingida, mas não deu tempo. O carro passou em um buraco jogando aquela água suja (um misto de lama, água e esgoto), encharcando a mulher toda.
Ela parou se esticou toda (jogou a sombrinha pro alto), olhando de cima pra baixo o estrago na sua roupa e gritou: VIAAAAAADO. Eu ajudei: VIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAADO – pra ser solidária com a criatura - mas por dentro tava rindo pra porra. É foda, mas é engraçado!
Ela voltou, praguejando contra a humanidade(certamente pra casa, pra trocar a roupa) e eu segui.
A rua principal era o verdadeiro Rio Joanes.
Os carros pequenos se aventuravam (tudo que é pequeno é ousado. Me lembrei até de um cachorro pequenês quando vi um Ford K passando. Só dava pra ver a cabeça da motorista toda esticada lá dentro). Os ônibus quando passavam geravam verdadeiras tsunamis enormes quase cobrindo os carros pequenos.



Como é que vou atravessar essa zorra? Me lembrei que um pouco mais adiante, tem um quebra-mola monstruoso e fui pra lá. Esperei quase 20 min de carros e ônibus passando, jogando água pra todo canto, até que finalmente consegui chegar do outro lado. Já ia cantando vitória por ter conseguido chegar à orla, com a rua alagada daquele jeito, sem ter me molhado, quando passou um exú-aquático-mirim indo pra escola (todo embrulado numa capa de chuva amarela) numa bicicleta, me molhando as pernas. O “satanazinho” ainda saiu rindo. Desejei que ele se "disgraçasse" todo, no primeiro buraco.
Quando finalmente cheguei na orla é que a “dirgaceira” se deu: um festival de sombrinhas pelo avesso, criaturas de cabelo-de-verão correndo pro ponto, protegendo a cabeça com bolsas, casacos, pastas(É por isso que eu adoro meus cachos!). Outras, mais calmas, passavam gloriosas, com as cabeças envoltas por sacolas plásticas do bom preço. O importante era não molhar a “capulca” (palavra muito falada por Larissa, que significa Cabelo).

Fiquei no único ponto de ônibus em Salvador que não foi trocado por aqueles de vidro bonitinhos (projetados por um tal urbanista francês, que num protegem porra nenhuma), aqueles antigos de concreto armado, cheio de goteiras e ameaçando cair a qualquer momento.



Depois de mais de meia hora, peguei um buzú cheio – achei até que estava num país nórdico. Os loucos daqui dessa cidade são todos sugestionáveis. Basta cair uma chuvinha mais forte e a “TV” anunciar que chegou uma frente-fria, que eles levam ao pé da letra, desengavetando as calças moletom, os casacos de couro “falsiê”, os gorros dos times do coração (até cachecol eu vi). Um verdadeiro circo.
As janelas todas fechadas. O povo chega tremia de frio.
Mas que frio? Eu com um calor da porra, suando, a sombrinha gigante pingando, a bolsa pesadona (tinha colocado a roupa da academia, um suquinho, biscoitinho e um livro pra ler no ônibus – piada, né?!) fazendo o maior malabarismo pra tirar minha blusa de frio naquele espaço apertado, respirando aquele ar abafado. Fui ganhando espaço à cotoveladas (minha altura ajudou) e colei junto do cobrador (o único ser humano normal dentro daquele expresso do inferno) que abriu a janela dele. Pelo menos dava pra respirar.

E o engarrafamento? O ônibus não andava. O transito não andava. Nada andava. E a chuva desabando.

Depois de quase 1 hora, finalmente cheguei ao meu destino.

Enquanto escrevo, com um olho na tela do computador e outro na janela da sala, verifico que a chuva continua. Fico pensando: E de noite, como será minha volta pra casa?



fergos 22/05/09

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Algumas coisas não mudam. Não muitas.

Hoje, ouvindo uma colega de trabalho reclamar com o filho ao telefone porque recebeu uma queixa da diretora da escola em que ele estuda, por ele ter ido à aula de chinelo, fiquei me lembrando do meu tempo de escola e percebi que algumas coisas não mudaram de lá pra cá. Não muitas.

Quantas vezes, eu e minhas amigas (não cabe citar o nome delas aqui, visto que, hoje, algumas, tornaram-se digníssimas senhoras casadas e mães de família exemplares .. rzs) pulamos o muro dos fundos da escola, nos estatelando do outro lado em cima dos cactos (colocados pela diretoria em locais estratégicos), só pra assistir aula de “chinelo”, usar uma calça jeans rosa, usar “kenner” ou “Opanka” (itens “Up” da moda da época, proibidíssimos pela direção) ou mesmo para perambular pelos corredores em horário de aula.



Pular o muro, em especial, era um ato de bravura, pois o citado muro mais parecia o muro de Berlim, e os alunos que conseguiam fazê-lo, eram vistos como destemidos pelos outros. Éramos os ditos “populares” da escola. Pulávamos tanto para entrar quanto para sair. O objetivo de sair era para assistir as estrelas do vôlei de praia que constantemente jogavam nos torneios na praia da armação ou pra ir ao cinema assistir filmes como ”Encaixotando Helena”, “A colheita Maldita”, “A liberdade é azul”, “A lista de schindler” - foi numa dessas puladas de muro que assisti “Parque dos Dinossauros” (e não me arrependo!!). Para o corpo docente da escola, porém, éramos vândalos e nossos pais frequentemente recebiam (quando entregávamos) bilhetes chamando-os a comparecer às reuniões de pais e mestres.

Pular o muro sozinho era tarefa árdua. Se atletas experientes, de posse de suas varas gigantescas tentassem, certamente sairiam, no mínimo, com as costas todas estropiadas, lascadas pelos vidros encravados no cimento no topo do muro. Eram necessários pelo menos duas pessoas pra conseguir carregar as toras de madeiras que escondíamos no mato e servia de escora para escalar o muro, sem falar nos tapetes que colocávamos por cima dos vidros para não nos cortar mais gravemente, pois, era inevitável um cortezinho que fosse – na verdade, eram mais um tipo de troféu - e finalmente vencer o obstáculo. Muitas vezes as toras que ficavam escondidas no relento ao sabor de sol e chuva, partiam no meio com nosso peso, tornando ainda mais difícil e engraçadíssima a empreitada. Nós ríamos mais que qualquer coisa.

Nos divertíamos fazendo reuniões para traçar estratagemas a fim de driblar a segurança, os fiscais, os professores e ainda os alunos “Caxias” que nos entregavam constantemente. Isso nos deixava eufóricas. É claro que existiam os que nos ajudavam como as “tias” da merenda, por exemplo, já que o muro mais baixo que cercava a escola, dava pros fundos da cantina. Apesar das peraltices, éramos alunas aplicadas, sempre tirávamos boas notas e nosso boletim estava sempre “azul”. Por isso, ganhávamos a simpatia de algumas “tias”, que espionavam os corredores verificando se a área estava livre para nossa passagem.

E foi nesse clima de quartel general divertido, que fiz grandes amigas, e me tornei a pessoa que sou hoje. Algumas dessas amigas estão presentes até hoje em meu círculo (quase intransponível) de amigos. Outras partiram dessa para outra existência, deixando muita saudade. Existia a molecagem, as brincadeiras, mas tudo dentro dos limites da moral e dos valores que aprendemos em casa - de respeito aos mais velhos, de amor ao próximo, união, solidariedade (pra pular o muro então!!!) - e levamos conosco pra vida toda. Nos tornamos mulheres, profissionais, mães, esposas, amigas dignas e sem um pingo de remorso ou vergonha da nossa adolescência.



A única dor de cabeça que dávamos à direção da escola era pular os muros sem farda, de chinelos, “cabular” aula pra ir à praia ou ao cinema.

Noutro dia, passei pela porta dessa escola que um dia estudei e vi algumas meninas com, no máximo 15 anos - minha idade na época - sentadas no muro lateral à escola, fumando maconha e namorando. Perto dali, alguns rapazes sentados na calçada do outro lada da rua, esperavam a saída dos alunos para vender drogas, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

fergos 21/05/09

terça-feira, 19 de maio de 2009

A "tolerante" Amy




Amy Winehouse é uma das maiores interpretes que o mundo já viu. Tem uma voz invejável, um estilo próprio e brilha por si só. Além disso, teve e ainda tem inúmeros problemas com drogas, álcool e agressões contra fãs e seu ex-marido Blake e envolvimento em diversos escandalos, inclusive racistas. Mas isso não é nenhum segredo pra ninguém.

Quem ouve Amy cantar pela primeira vez, jamais pode imaginar que aquela potência vocal pertence àquele “belisco” de gente. Mais magra que a mais magra das “modeletes” internacionais “like” Giselle e cia., a criatura é literalmente um “saco de ossos” ambulante. Se bater um vento um pouquinho mais forte, tenho certeza que a senhorita palito vira, sem nenhuma dificuldade, a Mary Poppins do século! Se bem que ela nem precisa do “famoso” guarda-chuvas da Mary pra viajar!!

Claro que nem sempre foi assim. Do pouco que li sobre sua história, sei que Amy sempre teve complexos por conta do seu peso (se achava gordinha na adolescência) e encontrou na bebida e nas drogas a companhia perfeita para afogar suas mágoas.

Esse tipo de vida, regada á drogas e álcool não é pra quem quer, e sim pra quem pode. Primeiro financeiramente. Qualquer pessoa, mesmo quem não consome drogas, sabe quão caro é financiar cocaína, uísque, vodka e ecstasy, tudo isso em grandes quantidades. Segundo, tem que ter um organismo de tanque de guerra pra agüentar a bomba.

Ao consumir drogas e/ou álcool, bombardeamos as células do sistema nervoso central liberando dopamina e ficamos alegrinhos. Com o passar do tempo, a célula vai desenvolvendo uma adaptação. A adaptação da célula é para reduzir o efeito externo que essas drogas promovem. Isso é o fenômeno de tolerância. Porém algumas pessoas, como eu, não tem esse mecanismo disposto em suas células, ou seja, toda vez que usar álcool ou drogas, vai ter um rebote filho da puta. Ressaca, dor de cabeça, enjôo e frases do tipo: “nunca mais eu bebo na vida”.

Apesar de não concordar com seu estilo de vida autodestrutivo, sou grande fã e admiradora do seu talento. E sua história recheada de escândalos, por pior que possa parecer aos olhos do mundo, fez dela essa grande e única personalidade que eu simplesmente a.do.ro!



fergos 19/05/09

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A PRAIA



Uma onda bateu forte na areia molhando minhas pernas quase até os joelhos. Eram quase quatro da tarde de uma quinta-feira, até então muito comum, como todas as outras.
Como de costume, me apressei nos afazeres da casa, a fim de correr para a praia – o único lugar onde tenho me encontrado feliz ultimamente, desde que perdi o emprego no salão de cabeleireiros.
O salão ficava num bairro afastado. Todas as manhãs eu me espremia durante cinqüenta intermináveis minutos, num transporte precário e cheio. Sempre cheio. Ninguém nunca faltava. Estavam todos lá. As mesmas pessoas. Os débeis atores da minha comédia dramática diária.
Desde que perdi o emprego no salão de cabeleireiros, onde passava o dia lixando, pintando e tirando cutículas de unhas estranhas, ouvindo o mesmo tagarelar vazio de sempre. O gesto automático da mão conduzia o alicate rapidamente, tirando o excesso de carne que crescia por sobre as unhas. Às vezes, seguidos a esses movimentos, vinham gritos e puxões rápidos de mãos à boca no afinco de estancar o sangue que saltava às portas abertas pelo alicate em minhas mãos. Estava tão perdida comigo mesma. Pensava na praia. Era meu paraíso particular, para onde eu fugia daquelas mulheres frívolas que falavam sem parar, gesticulavam e vez ou outra, me incluíam em seus monólogos. Eu balançava a cabeça e deixava escapar um riso tímido, como quem estivesse assentindo para qualquer que fosse a arguição. Suas palavras soavam como as ondas do mar batendo na areia da praia. O som das ondas do mar. Era a única coisa que eu escutava.
Uma conversa paralela no salão me fez perder a coordenação e arrancar de um só golpe parte do dedo de uma cliente. A mulher deu um grito fino, estridente, chamando atenção dos demais no lugar. O sangue escorria pelos seus pulsos magros trêmulos manchando a toalha branca em seu colo. A gritaria pôs em pânico a todos, menos a mim. Eu continuava estática. Parecia dopada. Percebia toda aquela confusão, mas nada me tirava o olhar fixo. Continuava sentada em meu banquinho com o alicate ainda sujo na mão, tentando apenas me lembrar o que me fez perder a concentração.
O que me fez perder a concentração me fez também perder o emprego de manicure. Desde então, passava as manhãs, a cuidar de uma senhora cega, até que sua filha retornasse do trabalho. De tarde, tinha o tempo livre para me dedicar à costura e as coisas da casa.

Era mês de maio, e a água gelada bateu num rompante sob a areia chamando minha atenção para alguém que caminhava de encontro a mim, tão absorto em seus pensamentos que não notou a minha presença. Continuei de cabeça baixa e fingi também estar perdida nos meus. Segui um pouco mais adiante sem olhar para trás. Observava o desenho que minhas pegadas deixavam na areia. Tentava imitar algumas pegadas esquecidas de pés bem maiores que os meus. Olhei, de soslaio, para trás e certa de que ninguém me observava, dei meia volta. Voltei pisando seus passos.

Era um homem de meia idade, moreno, cabelos lisos. Tinha o corpo robusto. Poder-se-ia dizer que estava acima do peso. Eu nunca fui uma pessoa corpulenta, nem musculosa, mas sempre tive boa forma e bastante força. Não era muito alto. Se nos colocássemos de costas um para o outro, talvez alguns dedos nos apontariam a diferença no tamanho.
Seus cabelos bem tratados brilhavam, mesmo sem a ajuda da luz do sol, que já havia cumprido seu papel naquele dia. Podia-se ver que era uma pessoa polida.
Não diria que é um homem bonito. Não tinha conseguido perceber qualquer traço quando o vi de frente por apenas alguns segundos pela primeira vez. E agora caminhava atrás dele, tentando fazer uma análise, não percebendo quando ele subitamente se virou e me encarou. Seus olhos eram de interesse desconfiança. Realmente não era um homem bonito. De frente, parecia ainda mais forte. Riu-se um pouco e vendo minha completa falta de ação, iniciou um diálogo.

Já passava das cinco horas. Estávamos sentados na areia, um pouco mais acima da areia molhada. Na parte árida onde alguns capins crescem aleatoriamente. A conversa estava agradável. Ele sabia conduzir os assuntos, não deixando buracos como acontece quando conversamos com desconhecidos e não estamos interessados. Ao contrário. Um assunto puxava o outro.
Era, definitivamente (pelo menos para mim, que a duras penas terminei o ensino médio) um homem culto. Talvez fosse professor, ou político, ou executivo de alguma grande empresa. Falava bem, sabia se expressar. Era bastante articulado e divertido. Conversamos sobre a praia. Sobre como ela acalmava os nossos pensamentos. Caminhar pela areia da praia tinha se tornado uma terapia. Ali, sozinha, conseguia concluir os projetos que começavam, se desenrolavam e tinham fim. Os meus grandes objetivos. Os sonhos. Eles só ousavam se mostrar em minha cabeça. Se eu tentasse colocá-los em prática na vida fora dali, quase desapareciam, enfraqueciam. Não consegui lembrar com tanta paixão. Mas na minha mente, tudo acontecia muito bem orquestrado. Conseguia iniciar, desenvolver e tendo concluído, não me interessava colocá-los em prática aqui fora, no mundo. Não tinha a mesma força. Perdiam a graça.

E foi nesse perfeito estranho que me vi refletida. Nunca tivera uma conversa tão aberta e agradável com qualquer pessoa. Parecia que estava conversando comigo mesma.
Conseguia me ver em suas palavras, nos seus gestos, seu sorriso. O vento batia em seus cabelos. Um braço apontava em alguma direção acima da linha do horizonte, enquanto o outro pousava em uma das pernas. Estava calmo e me falava doce e suave. Já não ouvia sua voz. Só as ondas do mar arrebentando. Eu estava sentada ao seu lado contemplando o mar, completamente perdida no misto da sua voz com as ondas. Comecei e desfazer o aro do chaveiro que tinha nas mãos, num movimento mecânico. O aro agora era uma haste de arame com uma ponta bastante afiada. Segurei na palma da mão fechada, deixando sair pelo dedo mínimo, o objeto pontiagudo. Sem pensar muito, com um golpe certeiro, rasguei o arame em seu pescoço traçando um corte profundo que ia quase de uma orelha a outra. Um misto de pavor e socorro tomou conta do seu rosto. Correu as mãos ao pescoço e sentiu o peito nu ser inundado pelo sangue quente. Tentava gritar. Pulou em cima de mim como um bicho em fúria, me desferindo várias pancadas no rosto e na cabeça, me sujando de sangue. Estava tão desesperado que não coordenava seus movimentos e acertava mais a areia que a mim. Deixei-me golpear, como que em correspondência pelo que lhe havia feito. Ele jogou-se na areia me olhando, enquanto eu rapidamente me coloquei de joelhos ao seu lado. Golpeei-o de novo. Dessa vez, a lâmina fez o percurso contrário, indo ainda mais fundo. Seus olhos esbugalhados me levaram de volta ao salão, na tarde em que perdi o emprego. O sangue, o desespero. Mas dessa vez, não havia platéia. Não havia o que perder.

Enquanto ele agonizava na areia, desci até a beira da água. Lavei o chaveiro, as mãos e a roupa suja. O sol se despedia à minha frente, alguns pássaros se apressavam de volta aos seus refúgios. As marolas quebravam brandamente aos meus pés. Tudo estava na mais perfeita paz. Passei as mãos com água no rosto. Não havia nenhuma emoção para recompor.

Caminhei em direção de casa sem pressa e num gesto mecânico, sem olhar para o que fazia, comecei a dar a antiga forma de aro ao chaveiro.

13/05/2009 - Patricia Fergos

segunda-feira, 20 de abril de 2009

A CRIAÇÃO

"No princípio criou Deus os céus e a terra.
E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.
E disse Deus: Haja luz; e houve luz.
E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas.
E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro. "

Se fosse hoje, não teria levado Deus nem um dia sequer. No máximo, em umas 4horas, já estaria tudo pronto e ele teria tirado o resto do dia de folga pra jogar playstation on-line.

Munido de um computador básico e acesso ilimitado a internet com banda larga, - graças aos mais variados e maravilhosos provedores de internet -, Deus baixou pelo google um programa como o autocad. Pensando melhor, o coreldraw tem as ferramentas mais indicadas para sua tarefa - e ainda de quebra baixou uns tutoriais para aprender o “básico do básico”.
Programa aberto, “clic” na ferramenta ellipse tool e Deus deu forma oval à sua criação, que logo chamou de terra.



As outras formas vieram depois. Criadas no quinto ou sexto dia talvez.
Algumas foram feitas com o intuito único e exclusivo de enlouquecer um ser humano, já que, nunca ninguém conseguiu explicar muitas delas.

O “Triangulo” das bermudas, por exemplo, literalmente engoliu navios, pessoas e aviões. Muitas foram as teorias para tentar explicar o monumental mistério: Seres alienígenas, pedaços de cristais remanescentes da atlântida, armas secretas, campos magnéticos, piratas espaciais, cargas explosivas. Porém, ninguém jamais conseguiu explicar, desvendar, esclarecer o real motivo do seu aparecimento. Só Ele sabia, que o verdadeiro propósito do “triangulo” era queimar as pestanas dos “homo-dito-sapiens”.

Passado o susto do triangulo e já acostumados com o fato sem explicação (afinal, o homem termina se acostumando a quase tudo mesmo), Deus nos mandou mais uma forma geométrica pra tirar nosso sono e nossa paciência: O “quadrado” cantado, quase dissecado (ado-a-ado cada-um-no-seu-quadrado). Cantado em letra, prosa, ritmo e muito vulgarmente dançado por pessoas de todas as idades,raças e credos, numa coreografia esdrúxula que de tão ridícula chega a ser engraçada. Mas isso é assunto para um outro dia de criação!

Resolvido o problema da forma, Ele deu uma coloridinha básica no “projeto” com o fireworks.
Tratou de resolver o problema do “vazio” da terra, habitado com belíssimos animais, - todos aos pares - criando apenas um animal de cada espécie; o outro par era apenas copiado e colado.

Depois de criar todos os animais, criou o maior animal de todos, em todos os sentidos: o homem. Com o photoshop, ajeitou algumas imperfeicções físicas (pq, pra desvio de caráter, até hj não tem programa que dê jeito) e deu movimentos com o 3Dmax.

Tudo criado, colorido, bonitinho, habitado e cheio de vida, Deus pensou: “Nada de moleza pra esses filhos da puta”. Foi então que Ele pensou na fúria na natureza (seu trunfo, seu “às na manga”, sua faca de dois gumes) criando chuva, trovões, tempestades, furacões, terremotos, avalanches, tsunamis e tudo quanto é catástrofe “natural” (um verdadeiro miserê) com o after efects. Depois de finalizado o projeto, foi editado no adobe premiere-pro, exportado e publicado no youtube!! ... e foi assim o primeiro dia!


20/04/2009 - Patrícia Fergos